terça-feira, 4 de maio de 2010

O valor das coisas

Qual o valor de tudo? De cada coisa em especifico?
Um carro novo vale 30 mil reais. Uma bala vale 10 centavos.
Mas é só isso?
Qual o valor de um Gol e de uma Ferrari?
Será que é só o valor material?
Vamos usar de exemplo a minha mochila:
Ela se parece muito com aquela mochila que dão para os alunos do ensino publico aqui em São Paulo. Ou seja, é de graça.
Então quem olha para mim andando na rua com esta mochila imagina que... Não tenho dinheiro para comprar uma mochila melhor. Mas o que seria uma mochila melhor? Esta mochila cabe muita coisa dentro, é resistente e confortável. O que mais precisa em uma mochila?
Esta minha mochila não é do Estado. Eu comprei ela nos Estados Unidos (OOOOOOOHHHhhhhh), comprei no Wal Mart, viajei com ela para as cavernas em Eminence, Missouri. Também fui para New York com ela. Eu paguei 5 dolares nela.
Quanto que ela vale mesmo?
Mas o fato é que todos temos um conceito pré definido das coisas, baseando-se primeiramente no significado das imagens. Ou seja, quando você olha um rapaz de bermuda, camiseta e tenis na rua. O que você pensa? Deve ser um menino, desempregado, meio vagabundo ou que esta a procura de um emprego. E sustentado pelos pais.
Mas e quando você vê um rapaz, vestindo social, cabelo e barba feitos e sapatos. Que ele deve trabalhar no banco, faz uma faculdade, tem seu carro próprio, pode até morar com os pais, mas ele já é independente.
Pois bem, eu sou o primeiro rapaz, mas já sou independente, tenho uma micro-empresa que cresce e dou aulas de inglês. Morei e fiz faculdade no exterior, etc etc etc.
Tenho vários colegas que se vestem super bem, realmente cursam a faculdade, mas ainda é os pais que pagam. Que andam de carro e tudo mais. Mas que não ganham nem mil reais por mês. Não desmerecendo nenhum outro salário. Mas só para exemplificar como nós temos conceitos pré definidos. E a primeira conclusão que tiramos é a partir da imagem.
Mas qual o valor da imagem?
Cada coisa tem um significado diferente para cada pessoa. Isso se chama repertório. Cada um tem sua bagagem de conhecimento e a partir desta bagagem nós tiramos nossas conclusões de tudo. É do repertório que vem os nossos conceitos.
O que poderia ter dentro da minha singela mochila grátis do Estado? Um notebook, trocas de roupas, livros. E o que poderia ter dentro de uma mochila de marca cheia de bolsos extras, redinhas e elásticos? Uma notebook, trocas de roupas, livros.
Então qual o valor da imagem das coisas?

Como acho ridículo quem começa começa a trabalhar junto com gerentes e já se acha gerente. Dai troca todas as roupas do armário, vai se vestir com adulto. Vai em bares e só pede Original, Boehmia, Serra Malte. Pede um whisky, torre de chop e tudo mais. Toda esta mudança, para simbolizar que ele se elevou dentro de uma hierarquia social. Que ele não é mais um ralé.
Ele vai comprar uma mochila melhor, pense na vergonha de usar uma mochila que se assemelha com a que é grátis que o Estado de SP da. Não pode, ele é de outro nível. O pouco a mais que ele vai começar a receber fica em todas estas coisas, que servem para simbolizar.
Enfim... cada um toma as decisões que lhe fizeram mais juízo.
Eu já prefiro economizar em coisas fúteis e juntar para comprar algo maior e mais necessário. Ou ainda, viajar.
Mas viajar é dispensável.
Para quem não procura conhecimento é.
Mas eu sou sedento por conhecimento. E a melhor maneira de se obter mais, é através da experiencia. Eu já sei como é a balada em Sorocaba, SP, etc...
Mas e ir em um PUB irlandês em New York? É muitoooooo bom. Pois eu já fui. E é totalmente diferente do Tribeca.
Melhor?
Não sei, mas é diferente e interessante.
Isso já basta. Conhecimento a mais, que veio por meio de uma nova experiencia, jamais vivida antes.
Mas enfim...
Qual o valor de tudo que você usa ou almeja?
E sempre questione.
Sempre questione.
Questione.
Para que?


5 comentários:

Denise Moretti disse...

Eu tbm já sei como é ir num pub irlândes em NY...hahaha
o mesmo que vc foi...:P

Conhecimento...adooooorooooooooo!

Teste disse...

Né!

Eu n uso mochila. Eu ando de bermudas (melhor ainda, uso chinelos!). Tenho sede de conhecimento. Tb questiono.
Quem me conhece sabe QUEM sou.
Eu sou assim.

Denise Moretti disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro Lopes disse...

muito bom... otimo blog, saudades de ti bro

Weverton Lucas disse...

Vale lembrar que a raça bastarda humana vive e sempre terá seu objetivo de tentar passar por cima do outro, ao invés de planejar seu próprio ego. Isso é o egoismo soberbo dessa raça inútil.


Belo texto o/

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