quarta-feira, 24 de março de 2010

Branco e Preto

Para toda ação há uma reação.
Um soco não atinge só o adversário, mas quem ataca também.
Todos se machucam de certa forma.

Qual a rasão de uma espada?
Hoje em dia é apenas um enfeite caro.
Mas quando foi inventada ela só tinha uma função: Matar
Uma espada é uma arma, luxuosa, mas ainda assim é um artefato letal que na história da humanidade tirou muitas vidas, decidiu o destino de nações inteiras, moldou o nosso mundo.
Mas enquanto a espada estiver dentro de sua bainha, ela esta calma, em repouso. Ela não quer o sangue dos inimigos.
Mas uma espada quando desembainhada ela só tem um propósito: Atacar para matar. Tirar vidas.
Por isso os samurais só usavam suas espadas como ultimo recurso para resolver disputas.

A espada sem sua bainha
A espada que não tem uma bainha não pode descansar. Ela só ataca sem parar, pois é sua função primordial. E sem uma bainha para conte-la, ela não descansa.

E quando o corpo está em ação, a mente se esvazia.
E quando o corto está quieto, a mente age.

A espada que não para de atacar, não permite que se pense, que se raciocine.

Últimamente sou esta espada, eu não paro, nada me para. Me machuco, machuco os outros.
Perco...
Mas não posso parar, não tenho esta opção. Estou me destruindo desta forma.
E não consigo imaginar algo que possa me parar.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Uma corrida

E do tempo faz estradas
Para se chegar ao fim
Nossa vida é feita assim
Na estrada

(Cordel do fogo encantado - Na Estrada)

Nossa vida é apenas uma questão de tempo. Uma questão de quando ela vai terminar.
Se você morrese hoje, você morreria feliz?
Você já se perguntou isso?
Eu morreria muito feliz, pois se eu olhar pela estrada que o tempo percorreu por de traz de mim, eu posso ver pessoas sorrindo, grandes momentos. Muito coisa boa e positiva.
Mas toda estrada têm espinhos, já me machuquei, assim como já machuquei os outros. Mas como podemos prever a dor?
Pai e mãe sempre aconselham, pois eles já passaram por muita coisa. Mas quem ouve eles?
Nós temos de sentir a dor por nós mesmo, é muito dolorido, as vezes chegamos a pensar que não vamos suportar, mas se não for o nosso momento de partir, o momento em que as fiandeiras irão cortar o fio que tece a nossa vida. Com certeza iremos superar.
Pois a única coisa que pode nos impedir de crescer é a morte.
E se você quer saber, mesmo a morte faz parte do crescimento.
Cresci muito após a morte de cada membro querido.
Mesmo que seja o nosso fim, ainda deixamos muita coisa.
E continuamos ensinando.
Ensinando e aprendendo, estas são palavras chaves.
Pois elas geram conhecimento.
Conhecimento tem o maior valor do mundo. Pois é o único bem que pode ser cumulativo, sem perdas, apenas ganho. Quanto mais conhecimento, mais conhecimento. Não perdemos nada para poder obter mais conhecimento.
Estou nesta estrada, traçada por sobre um fio, que as fiandeiras tecem e não sei quando ou onde elas irão cortar, mesmo assim continuo. Gozando de cada momento que eu respiro.
Com profunda paixão por tudo que eu faço.
Em busca de mais experiencias e conhecimento.
Eu quero é mais, muito mais.
E a caminhada continua, mas eu ando sobre este pequeno fio, dirigindo um rolo-compressor.
A sorte foi lançada, e sei que esta do meu lado.
Pois sou um semi-deus.

sexta-feira, 5 de março de 2010

How do you know?

Tell me why, why must we fight
Why must we kill in the name of what we think is right

Me dia o por que, por que nós lutamos
Por que devemos matar em nome daquilo que achamos que é certo


Esta frase traduz muita coisa.
Por qual rasão pessoas brigão, discutem, tiram a vida do próximo, só pelo simples motivo de que não acreditam na mesma religião, não acreditam no mesmo regime politico, não torcem pelo mesmo time de futebol.
As pessoas tiram sarro de mim quando assumo que sou pagão, mas é uma escolha que eu fiz para a minha vida. Como eles podem ter tanta certeza que eles estão certos e eu estou errado?
Quem sabe o que é certo e o que é errado? A vida não é preto e branco, existe muitos tons de cinza entre o preto e o branco.
Nos estados unidos tive uma experiencia um tanto inusitada. Minha amiga Smile, de taiwan, me convidou para ir num domingo à igreja metodista para estudo da biblia. Concordei, não tenho problema algum de ir a qualquer templo. Não ligo.
Mas depois do estudo da biblia nos juntamos com o restante da igreja no slão principal, onde teve o encerramento da pregação, com música, cantoria e sermão.
O salão era lindo, paredes altas e belissimos lustres que iluminavam todo o salão, dando a sensação de imensidão lá dentro.
Durante o sermão, o padre, pastor, sei lá qual a autoridade do palestrante, escolheu uma passagem biblica sobre paganismo. Não me lembro exatamente o livro, capitulo, versiculo, etc.
Mas dizia que o paganismo era errado, muito errado e mentiroso e que Deus não tolera a mentira e o errado. Então deveriam acabar com o templo pagão.
Entre linhas, guerra contra o paganismo. Matem os pagãos.
Eu, um pagão nos estados unidos, o país que mais adora guerra, declarando que deveriam aniquilar os pagãos. Fiquei imaginando se naquele momento descobrissem que eu era um pagão.
Acho que me levariam ao altar para sacrificio.
Mas o que isso mudaria na vida deles?
Quantas vidas foram desperdiçadas na guerra santa para recuperar a cidade de Jeruzalem para os cristãos, contra os mulçumanos.
Mas quem define o que é certo, o que é verdade.
Por anos achavamos que a Terra ficava no centro do sistema solar.
Aqui no ocidente, parte do planeta dominado pela doutrina cristã, não conseguimos imaginar uma pessoa que não conheça a figura de Jesus Cristo.
Mas existem, e milhares ainda que nunca nem ouviram falar dele.
Estas pessoas merecem morrer? Merecem ir para o inferno e sofrer pela eternidade?

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ale

Na época em que eu jogava Neverwinter Nights, tinha um potinho escuro com o nome Ale, que quando ingerido deixava o personagem com menos inteligencia por um momento, ou seja, bebado.
Em New York, em um bar Irlandes (bebados), encontrei Ale, vinha em garrafa long-neck. Uma deliciosa variação dacerveja, assim como o hidromel, a famosa bebida dos Deuses.
Um certo tempo depois encontrei a receita de Ale na internet, e a exatos dois dias atrás, resolvi experimentar a receita.
Como já tenho experiencia na produção do Hidromel, tentei esta nova variedade.
Pois então que o resultado veio hoje. A parte dificil foi abrir a garrafa, tinha muito, mas muito gas, por conta da fermentação.
Dai penerei e filtrei a bagaça duas vezes e já separei um copo para eu provar previamente. Mesmo não estando gelado.
Hidromel, geralmente tem o sabor de um vinho seco. Com alcool, da um amargo na boca.
Mas o Ale era suave, lembrava um refrigerante.
Na preparação deste post, fui procurar algum artigo sobre Ale, em português.
Então encontrei, que o Ginger Ale, nada mais é que um refri. ¬¬'
Oh meu saco!!!
Eu fiz um Schweppes!!!
Ainda bem que eu gosto de Schweppes, haha!!

Para quem quiser tentar a receita, é muito fácil:

Para se fazer uma garrafa de dois litros.

1 limão
2 colheres de chá de fermento de pão (daquele em grãos)
1 copo de açucar
1 colher e meia de sopa de gemgibre (raiz) ralada.
E água fresca.

Raspe a raiz do gemgibre.
Esprema o limão, ou pode ser laranja, também da certo. E deixe em um copo separado.
Com a ajuda de um funil, coloque o copo de açucar na garrafa e as coleres de fermento.
Agite a garrafa para misturar o fermento com o açucar.
Misture o suco do limão (ou laranja) ao gemgibre ralado e coloque na garrafa com o áçucar e fermento.
Complete a garrafa com água e misture bem.
Deixe a garrafa descançar por 24 a 48 horas.
A garrafa vai ficar dura, por causa dos gazes da fermentação.

Está pronto o seu genuino Ginger Ale.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Vida sobre varias rodas

Desde os meus 12 anos de idade que eu viajo de ônibus por ai. Nasci em Itu, morei em Laranjal Paulista, me mudei para Boituva, e nestas andanças fiz amigos em varias cidades, por tanto, vivia visitando eles.
Mas, depois de voltar do Rock in Rio 2001, tive a noticia que iria estudar em Sorocaba, no Rubens de Faria. Pegava ônibus todos os dias. Para um jovem caipira do interior, aquilo era muito legal, viajar todos os dias. Mas acordar as cinco da madrugada de segunda a sexta, faz qualquer coisa perder a graça. Mas o fato mais interessante de se andar de ônibus, é observar as pessoas. Já vi de tudo, ou apenas acho que vi. Várias situações. Só não estive dentro de ônibus sequestrado. Mas isso não seria muito interessante, mas sim o fato de poder observar livremente como pessoas se comportam em um espaço público, o ônibus, agindo de forma individual, seu proprio assento. Meninas que por falta de uma limusine, se encontram obrigadas a dividir seu espaço com suvacos de trabalhadores depois de um dia árduo sobre algum andaime. Bêbados contadores de histórias, cantores de suas próprias misérias. É engraçado como estes tipos sempre foram ricos em tempos longinquos. Ou é tudo culpa do Collor.
Não imagino o motivo de tanta violência dentro do meu ser, mas bebados e miseraveis acendem em mim um ódio e uma vontade de arrebentar seus crânios contra qualquer superficie. Um sentimento muito parecido como o de Charles Baudelaire em "Espanquemos os pobres". Mas quando digo pobre, não pensem primeiro no saldo bancário do sujeito. Por se for deste jeito, serei muito pobre. Mas pobres de espirito e cultura, gente que reclama de tudo e todos, que arrumam encrenca dentro de ônibus e falam como se estivessem discursando sobre um palanque. Só de escrever este artigo já respiro diferente, revivendo momentos de ódio intenso para com estes sujeitos nojentos.
Por sorte, deles, ou minha, eu desconto toda a minha raiva de forma passifica, tocando guitarra, lutando e/ou fazendo sexo. Violência, essa é a palavra chave. Todos temos violência dentro de nós. Não importa onde ou quando, mas uma hora ela vem a tona. E estes crentes mediocres explodem, roubam, assassinam, estupram, matam os próprios filhos e depois usam a desculpa que estavam possuidos por Satanás, Lucifer, entre outras entidades vermelhas que instigam a violência e tudo que há de ruim no mundo.
Por isso eu expurgo a violência que há dentro de mim, ou viajens de ônibus comigo, seriam um inferno.